#5. Principal Princípio para Vida
Fiquei bem empolgado ao ponderar as possibilidades para este texto, porque além de ser um dos princípios mais importante que temos que adotar nas nossas vidas, também tive um episódio esta semana que ilustra perfeitamente o conceito. E sempre fica mais fluído entender um conceito quando temos um exemplo real e facilmente associável. Tenho certeza que ninguém terá dificuldade para associar sua vida com esse princípio.
Ok, chega de enrolação. O princípio que me refiro é o de “investimento”. Calma, não é o investimento financeiro, aplicação em notas do tesouro ou fundos multimercados. Estou falando da maior diferenciação entre um viciado, drogado, e um executivo equilibrado, feliz e bem sucedido profissionalmente e pessoalmente. Tudo parte do princípio de sacrificar algo no presente para ter um retorno positivo no futuro. E a segunda etapa é conseguir ter o mindset para se divertir neste “sacrifício” (investimento) inicial.
Depois voltamos para o exemplo do drogado, mas o que me incentivou a escrever essa curta entrada foi um momento mágico que aconteceu com minha irmã, de apenas 4 anos e começando a entender este conceito. Quanto menor, mais as crianças tem dificuldade para entender esse princípio e realmente foi encantador quando vi que ela demostrou a capacidade de raciocínio para fazer o famoso “trade-off”: A Nina estava comendo seu último bombom da caixa, e com isso veio imediatamente a seguinte ideia, que disse pra ela com as seguintes palavras:
"Nina, me da **metade** do seu **último** bombom?"
O que ela obviamente recusou sem nem pensar duas vezes, já abrindo a embalagem. Então acrescentei o seguinte:
"Te compro uma caixa nova com 12 bombons se você topar".
Claro que ela se sentiu no meio de uma dura decisão e a resposta não veio de bate pronto. Mas nesse momento ela parou para pensar; “se deixar de comer metade de um bombom agora eu vou ganhar 12! Mas pera aí… Esse Ferrero Rocher é tão gostoso, porque eu vou sacrificar metade se posso ter um inteiro agora?”. E esse foi o dilema que ela passou e no final topou com minha proposta; que a partir deste momento a diferenciava de um viciado, que não consegue largar o prazer imediato por um futuro melhor.
Então vivemos essas escolhas constantemente nos nossos dia-a-dia. Porque trabalhar se posso ficar em casa? Porque deixar de usar drogas se a onda vai ser super boa? Porque deixar de comer esse hambúrguer que parece estar super gostoso? Porque ir malhar se posso dormir mais um pouco, to tão cansado? Tudo porque tomamos essas decisões a fim de priorizar nossos objetivos maiores ao invés do prazer imediato e momentâneo.
Mas a linha é tênue; não podemos sacrificar todo o presente em prol do futuro — que nunca chegará — isso é tão doentio e errado como o viciado. O viciado não vê o amanhã e o “sacrificador em prol do amanhã” não vê o hoje. Portanto a solução é simples (não fácil);
**temos que guiar nossas ações em prol da construção dos nossos objetivos futuros nos divertindo no caminho. **
Utilizando meu caso, eu quero construir uma empresa que faça a diferença no mundo a na vida das pessoas, e para isto vou ter que trabalhar muito e realmente botar este objetivo a frente de hobbies e entretenimento. Mas isso não significa que tenha que sacrificar todo o meu presente para conseguir alcançar este tão sonhado objetivo, até porque este é mutante com o passar do tempo e realmente alcança-lo não significará tanto assim no momento (mas isso é outro assunto). O melhor que posso fazer para aproveitar a vida é me dedicando no caminho.
Construindo o equilíbrio, princípios de tomada de decisão, adoção de caminhos para aumentar produtividade, pessoas competentes para me ajudar, pessoas amáveis para me acompanhar e sempre incluindo o bem-estar e a saúde no meu dia-a-dia, conseguirei ter uma vida boa, feliz, que me traga satisfação e realização e ao mesmo tempo me bote na direção do meu objetivo (de hoje).
O caminho que vai impactar na felicidade.
Gostaria que ficasse claro que as vezes precisamos nos sacrificar no curto prazo para alcançar algum objetivo menos “macro” e mais papável, como deixar de sair e gastar dinheiro com bobeiras para economizar para uma viagem, que agregará muito mais na sua pessoa que o acumulado das besteiras. Portanto o que torna esse conceito difícil de ser sempre seguido é a dificuldade de mantermos o equilíbrio; as vezes podemos e devemos sacrificar um pouco do amanhã para nos divertir e aproveitar o hoje. Mas de forma geral e mais “macro”, este é o mindset que devemos adotar. Sempre levando esses “investimento” e “curtições” com equilíbrio e criando algumas regras para tornar a tomada de decisão cada vez menos desgastante.
Não sacrifique o hoje pelo amanhã, e não sacrifique o amanhã pelo hoje.